istúrbio frequentemente observado entre os roncadores, a apneia é capaz de trazer muitas consequências à saúde.
A Apneia do Sono, também conhecida por Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crônica caracterizada pela obstrução total ou parcial das vias respiratórias, capaz de causar paradas de respiração podendo ser repetidas e temporárias enquanto a pessoa dorme.
A respiração cessa porque as vias aéreas colapsam e impedem que o ar chegue até os pulmões.
Abaixo, listamos 8 fatos que todo mundo deveria saber sobre a apneia.
1. Você pode perceber alguns sinais
É possível identificar a apneia através de alguns sintomas característicos do distúrbio.
Vale lembrar que o ronco é uma consequência, porém, nem todo mundo que ronca tem a doença.
Sono agitado, respiração ofegante enquanto dorme, sonolência durante o dia e dificuldade de concentração são sinais que, se você os identificou, atente-se, pois é possível que possa sofrer deste distúrbio enquanto dorme.
2. A Apneia mexe com o cérebro.
A garganta fechada é uma das consequências da doença e, toda vez que isto acontece, seu corpo desempenha um grande esforço para reabrir as vias aérea, que ocasiona em pequenos despertares enquanto dorme – o indivíduo não irá acordar, mas isto irá impedir que não atinja as etapas reparadoras do sono.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia resolveram estudar o que ocorre no cérebro dos pacientes que sofrem de Apneia, foram medidos níveis dos neutrotransmissores GABA e glutamato, que modulam as emoções do ser humano – o primeiro funciona como um inibidor e acalma as coisas, enquanto o segundo acelera o cérebro.
Então, observaram que os níveis de glutamato estavam acima do normal na massa cinzenta do cérebro dos pacientes que sofriam com a doença.
Segundo o autor do estudo, o neurocientista Paul Macey “isso explicaria o estresse dos pacientes, capaz de evoluir para ansiedade e depressão”.
3. Pode causar pressão alta, arritmia e até mesmo derrames.
A Apneia do Sono aumenta também a frequência de arritmias cardíacas, o mais comum nestes casos é a fibrilação atrial.
Atualmente, as pessoas que apresentaram ou apresentam este tipo de arritmia devem ser investigadas quanto à possibilidade de sofrerem de apneia.
O tratamento eficaz da doença pode ajudar no controle da arritmia e prevenir novos acontecimentos mesmo após a sua reversão para o ritmo cardíaco normal, com ou sem uso de medicações.
O que toda pessoa deve se atentar é o risco da apneia do sono para o coração, que trata-se de uma forma silenciosa em que tudo acontece.
Os pacientes não apresentam sintomas e, na maioria dos casos, não sabem que podem sofrer deste distúrbio.
4. É causa comum de perda de memória.
Isso mesmo! Pessoas que sofrem de apneia do sono têm um risco elevado de desenvolver problemas de memória e demência à medida que envelhecem.
Esta foi a conclusão de um estudo recente da Universidade da Califórnia, EUA.
Como falamos anteriormente, a apneia faz com que pessoas sofram paradas respiratórias durante o sono e, às vezes, isto ocorre centenas de vezes por noite.
Assim, o nível de oxigenação do sangue cai progressivamente até que o corpo acorda e abre as vias aéreas retornando a respiração normal até que uma nova apneia aconteça.
5. Tratar a apneia ajuda a emagrecer.
Você sabia que a apneia do sono engorda?
Sim! Um estudo publicado na revista Sleep demonstrou que há uma maior probabilidade de pessoas que sofrem do distúrbio terem um ganho adicional de peso ou maior dificuldade em perder peso quando comparados às pessoas que não sofrem de apneia.
A apneia desempenha menor “disposição” para atividades físicas.
O sono de má qualidade do sono pode levar a um estado de baixa energia, fadiga, sonolência e “preguiça” que desmotivam a realização de atividades físicas.
Também é responsável pelo aumento dos hormônios do estresse (cortisol, adrenalina, etc) decorrente da fragmentação do sono causada pelas paradas respiratórias em que o resultado é um favorecimento ao acúmulo de gorduras no organismo.
6. A apneia eleva o açúcar no sangue.
Este distúrbio é capaz de alterar o nível de insulina no organismo, hormônio que permite à glicose que entre nas células.
Tal ligação foi reforçada após uma experiência conduzida pela Universidade de Toronto.
Sua pesquisa demonstrou que, quanto mais graves as crises de apneia, maiores são as possibilidades de conviver com muito açúcar circulando, expandindo em, aproximadamente, 30% a probabilidade de ter diabete.
7. É possível prevenir o distúrbio.
Adotar um estilo de vida saudável é um dos principais fatores que pode auxiliar no bom desempenho para o tratamento da doença, além de alimentação equilibrada e exercício físico.
O cigarro também é um fator que prejudica o indivíduo e possibilita seu risco de apneia.
Os fumantes devem fazer um esforço extra e diminuir o hábito de fumar, até deixar o cigarro de lado, pois o hábito costuma agravar bastante a condição dos apneicos.
Também é recomendado maneirar o consumo de bebidas alcoólicas que, em excesso, interfere no ciclo do sono e no relaxamento da musculatura da garganta, que se transforma em um ameaçador gatilho para o distúrbio.
8. O tratamento da apneia reduz drasticamente os riscos.
Buscar o tratamento ideal através da “tentativa e erro” sem ajuda médica pode trazer riscos à saúde, além de ter custo mais elevado à médio e longo prazo.
O primeiro passo é realizar uma avaliação com um médico especialista em distúrbios do sono, em que serão analisados diversos fatores devem ser levados em consideração na escolha do tratamento ideal, em que o médico irá analisar atentamente a boca, nariz, faringe, língua, mandíbula, pescoço e arcabouço ósseo da face em busca de alterações que estejam relacionadas ao ronco e/ou apneia.
Deverá ainda avaliar a presença de outros problemas médicos como obesidade, alterações hormonais (tireóide, p ex), hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, etc.
Sequencialmente, será direcionado exame de polissonografia a ser feito, em que o aparelho irá mapear uma noite de sono e serão identificadas oscilações de batimentos cardíacos, paradas respiratórias, sinapses cerebrais, entre outros fatores capazes de serem identificados através do exame.
Se você se familiarizou em algum destes fatos sobre a apneia, é importante que procure um médico especialista em distúrbios do sono, para que seja feita uma avaliação e, assim, você receberá um tratamento direcionado ao que você realmente necessita.