Ronco ocorre devido a obstrução parcial das vias respiratórias superiores à passagem de ar durante o sono.
Ao dormir, ocorre uma diminuição do tônus muscular da faringe ocorrendo estreitamento dessa região. Vários fatores podem dificultar ainda mais essa passagem do ar contribuindo com o surgimento do ronco.
Obesidade: este é o mais frequente fator de risco envolvido. O aumento do tecido adiposo no pescoço reduz o calibre da via aérea predispondo a obstrução durante o sono.
Idade: com o envelhecimento ocorre diminuição progressiva do tônus e elasticidade dos tecidos da garganta favorecendo a obstrução das vias aéreas.
Obstrução nasal que ocorre devido ao aumento do volume de secreções e produção de muco, a desvio de septo nasal, rinites, sinusites, pólipos nasais; à hiperplasia das amígdalas e adenoides.
Retrognatismo, hipoplasia de mandíbula e maxila, macroglossia (aumento da língua), e outras alterações nos ossos da face entre outros.
O Ronco traz prejuízos à saúde?
O ronco pode ser o sinal de uma doença que tem graves consequências ao organismo – a Síndrome de Apneia do Sono.
Apneia quer dizer parada respiratória, e o termo Apneia do Sono se refere a um transtorno no qual o indivíduo apresenta sucessivas paradas respiratórias de curta duração (geralmente entre 10 e 60 segundos) durante o sono.
Esta síndrome pode trazer graves consequências ao coração e vasos sanguíneos aumentando a incidência de infarto do miocárdio, AVC (“derrame”), hipertensão arterial, arritmias e insuficiência cardíaca.
Além disso traz prejuízos à qualidade do sono levando à sintomas de sonolência diurna, déficit de memória e aprendizado, impotência sexual, cefaléia, acidentes de trânsito e de trabalho, entre muitos outros.
E o Ronco SEM Apnéia do Sono traz consequências à saúde?
O ronco pode trazer a insônia do cônjuge e sérios problemas de relacionamento. Mas não é somente isso!
Novas pesquisas têm demonstrado que o ronco alto pode levar a maior formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos do pescoço aumentando a chance de ocorrer isquemias cerebrais.
Outros estudos apresentaram o risco aumentado do desenvolvimento de diabetes como consequência do ronco, mesmo sem a presença de apneia do sono.
Quando procurar auxílio médico?
O ronco leve (ressonar) e eventual como em determinadas situações (apenas após uso de bebidas alcoólicas ou tranquilizantes, por exemplo) não deve ser considerado um problema médico.
Entretanto, indivíduos que apresentam ronco alto e/ou frequente devem procurar a avaliação de um médico especialista em medicina do sono para avaliar a presença de apneia do sono associada.
É comum a presença da apneia em pessoas com mais de 40 anos de idade ou outras doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, doença coronariana, entre outras.
Se você ou seu parceiro sofre com o ronco, converse com um médico especialista em distúrbios do sono sobre seus hábitos de ronco, o profissional fará mais perguntas sobre a natureza do ronco e ajudará a determinar se é inofensivo ou há indicação de outro problema mais grave e, desta maneira, direcionar o tratamento mais adequado.
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